Soluções Híbridas

Hybrid Solutions

A constante preocupação na procura de soluções construtivas cada vez mais sustentáveis faz prever uma maior utilização da madeira como material estrutural em construções futuras, uma vez que este material revela muitas vantagens de natureza ecológica, conseguindo também ser competitivo economicamente. A combinação da madeira com o betão (o qual tem a vantagem de se moldar no local) pode tornar-se numa solução muito interessante para um número significativo de estruturas.
Num edifício construído e gerido sob uma lógica de desenvolvimento sustentável deve considerar-se a madeira como material construtivo de importância primordial. A
valorização da madeira como material de construção torna-se uma alavanca económica para a gestão da floresta e dos seus recursos, com benefícios para o meio ambiente que daí decorrem, nomeadamente na capacidade para a diminuição do efeito de estufa consequência da fixação do CO2. Para melhor compreensão da importância deste fenómeno, reflicta-se que no crescimento de um 1 m3 de madeira é absorvida 1 tonelada de CO2.
Na transformação da madeira como material utilizável na construção, os consumos de energias fósseis são significativamente inferiores aos do betão, aço ou alumínio, repercutindo-se novamente numa melhor prestação ambiental e por outro lado implicando uma muito menor dependência dos custos de energia.
Consequentemente, em face dos benefícios deste material e com vista à sua preconização e implantação, torna-se fundamental o domínio das suas propriedades mecânicas e físicas. Do ponto de vista da utilização da madeira para estruturas, o desenvolvimento de novas técnicas constitui um ensejo para a sua valorização. A associação dos dois materiais, madeira e betão, surge como uma tecnologia bastante promissora.
Em Portugal, uma percentagem muito significativa do parque imobiliário tem mais de 50 anos e o seu estado aparente de degradação é evidente, acarretando custos de vária ordem, mormente por perda de funcionalidade e risco de ruína. Por outro lado, também pelo facto do território nacional se encontrar numa zona de risco sísmico elevado, a reabilitação e o reforço dessas estruturas é neste momento um imperativo nacional.