Técnicas de construção em madeira

Técnicas de construção em madeira

O conceito de pré-fabricação corresponde a elementos, peças ou mesmo edifícios inteiros produzidos numa fábrica e transportados para um local de construção para instalação rápida. Todos os processos da indústria da construção tradicional, fortemente impactados por erros humanos ou dificuldades e condições do local, são substituídos por operações automatizadas eficientes. Sendo um processo centralizado, a construção off-site é mais rápida, mais segura, mais regulada, e requer menos esforços de coordenação, resultando em mais produtividade e melhor controlo de qualidade. Portanto, o seu principal benefício é permitir um processo controlado, preciso e fiável com menos retrabalho (e menos surpresas). Além disso, o aumento da centralização e do controlo traduz-se na redução da perturbação do local e dos resíduos dos veículos, reduzindo os custos de construção e minimizando as emissões de gases com efeito de estufa.

À medida que os edifícios pré-fabricados são construídos de forma mais rápida, mais barata e mais sustentável, mais pessoas podem ter acesso a casas de alta qualidade, especialmente tendo em conta que a população global aumentará em 2 mil milhões de pessoas até 2050. Mas, para evitar repetir erros do passado, é fundamental aproveitar as possibilidades que a construção digitalizada e pré-concebida pode oferecer. É sabido que a construção é um negócio arriscado e dispendioso que pode limitar a inovação. Mas ao movê-lo para fábricas e integrar tecnologias digitais como o BIM, os edifícios pré-fabricados podem ser mais experimentais, inovadores e responder com precisão à mudança de necessidades e exigências. Com inovações como o software Open Source, o processo criativo pode integrar os clientes, proporcionando-lhes uma variedade de seleções de design personalizáveis, permitindo que os projetos se adaptem a estes diferentes requisitos.

Em última análise, a construção pré-fabricada de hoje pode deixar para trás a abordagem modular “one size fits all”, permitindo um design mais eficiente e colaborativo – permitindo uma maior flexibilidade mesmo num processo industrial. Por outro lado, os arquitetos devem adaptar-se a estes métodos off-site, colaborando com os produtores e focando-se em aspetos como o planeamento urbano, o conforto e a sustentabilidade. À medida que a escassez de habitação e a crise climática agrava, as regras que a arquitetura tem de adotar são claras: os projetos devem ser construídos mais rapidamente, de forma mais inteligente, mais verdes e com maior adaptabilidade.