Tipos de Madeira na construção
Tipos de madeira na construção
A construção civil é um dos setores da indústria com maior impacto económico, mas também um dos principais responsáveis pelos efeitos ambientais. A utilização de matérias-primas não renováveis, o elevado consumo energético empregue na extração, no transporte e no processamento de materiais e a produção de resíduos são dos impactos mais significativos causados ao meio ambiente.
A consciência da sustentabilidade e o impulso para o carbono zero como a única forma de ser e de se estar em sintonia com os recursos naturais, tem vindo a mudar o paradigma de atuação na construção civil. As exigências dos consumidores, a qualidade dos materiais renováveis disponíveis tem potenciado a crescente adoção da madeira como produto estrutural, não só pela durabilidade, isolamento térmico e acústico, mas pela sua capacidade em trazer, com segurança, benefícios para o meio ambiente.
Madeira lamelada colada (glulam)
A madeira lamelada colada, também denominada por Glulam (GLT), é uma tecnologia que remonta aos séculos XVII e XVIII e patenteada na Alemanha em 1906. Este tipo de derivado de madeira, normalmente composto por madeiras resinosas (Pinhos), é destinado à construção de estruturas de grandes dimensões, recorrendo a vigas e pilares de seções e geometrias dificilmente disponíveis em madeira maciça.
Normalmente constituída por lamelas (tábuas) com 40 mm de espessura coladas entre si horizontalmente, permitem obter estruturas de grandes dimensões, com um comportamento e semelhança visual ao da madeira maciça.
Trata-se de um material muito versátil, com um controlo de qualidade muito superior à madeira maciça, podendo ser produzida numa variedade de formas e dimensões, sendo o transporte a limitação na liberdade arquitetónica.
Madeira lamelada cruzada colada (cross laminated timber) CLT
A CLT difere da de Glulam devido à união de tábuas em camadas perpendiculares com orientação transversal, o que permite uma rigidez estrutural que possibilita a fabricação de painéis com comportamento bidirecional.
Considerada como o “betão do futuro”, os painéis de CTL garantem a mesma resistência estrutural à do betão, permitindo isolamentos térmico e acústico superiores.
O arranha-céu Mjøstårnet de 85 metros de altura em Brumunddal, Noruega, é um exemplo da versatilidade e força do material.
Madeira maciça KVH
As vigas de madeira maciça KVH, genericamente com 13,5 m de comprimento, resultam da união longitudinal de elementos de madeira maciça com 2 a 4 metros, unidos por “finger-joints”. Estas vigas de madeira maciça são utilizadas para a construção de paredes, pavimentos e coberturas.
No mercado, estas vigas são normalmente produzido a partir de madeira de abeto, com secções que variam entre 60 a 120 mm de base e 80 a 240 mm de altura, com uma classe de resistência C24.
Madeira microlaminada (Laminated veneer lumber, LVL)
Os materiais à base de madeira microlaminada ou LVL, oferecem múltiplas potencialidades e aplicações construção civil. O LVL é produzido a partir de folhas finas (1 a 3 mm) de madeira. Como resultado, o elemento de LVL quando comparado com madeira maciça, é mais resistente, com propriedades mais uniformes, mais fácil de processar e com boas propriedades mecânicas.
A sua resistência à flexão e o peso muito inferior ao aço ou ao betão, tornam este derivado de madeira adequado para ser utilizado como elemento estrutural leve e forte em paredes, pavimentos e coberturas. Sendo composto por madeira, a sua utilização também tem um efeito benéfico na eficiência energética do edifício.
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